DEPARTAMENTO DE EVANGELISMO


OS QUE DESEJAM CUMPRIR CORRETAMENTE O MINISTÉRIO DO EVANGELHO DEVEM APRENDER NÃO APENAS A FALAR E CITAR TEXTOS, MAS TAMBÉM A PENETRAR A CONSCIÊNCIA DAS PESSOAS, DE MODO QUE OS HOMENS VEJAM CRISTO CRUCIFICADO E O DERRAMAMENTO DE SEU SANGUE.
(JOÃO CALVINO)
OUÇA A RÁDIO 96,1. www.cruzeirofmrio.com.br.
PENHA. RJ.
22:00 AS 23:00. PROGRAMA:
"MENSAGEM DA CRUZ"
DIREÇÃO: PASTOR HELENO

domingo, 11 de março de 2012

domingo, 20 de novembro de 2011

Lição 8

Escola bíblica.
Neemias. Integridade e coragem em tempos de crise.

Lição 08.
O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS
Texto áureo:Neemias 10:29.
29  Firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos;

Verdade prática:
O compromisso com a bíblia é o requisito imprescindível para a igreja de Cristo seguir vitoriosa.

Leitura diária.

Segunda. II Coríntios 9:7. Contribuindo com alegria
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”

Terça. Genesis 2:18-25. A formação da primeira família.
18  E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20  E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
21  Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
22  E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
23  E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24  Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25  E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.”

Quarta. Salmos 122:1. Alegria em ir a casa do Senhor.
ALEGREI-ME quando me disseram: Vamos à casa do SENHOR.”

Quinta. Genesis. 9:8-17.
“8  E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós.
10  E com toda a alma vivente, que convosco está, de aves, de gado, e de todo o animal da terra convosco; com todos que saíram da arca, até todo o animal da terra.
11  E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.
12  E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13  O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.
14  E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.
15  Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.
16  E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.
17  E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra.”

Sexta. II Coríntios 6:14. Jugo desigual: um perigo para o crente.
14  Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?

Sábado. Mateus 23:23. Não desprezais o juízo, a misericórdia e a fé.
“23  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.


Leitura bíblica em classe.

Ne. 10.28-33
28  E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, todos os que se tinham separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento,
29  Firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos;
30  E que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos.
31  E que, trazendo os povos da terra no dia de sábado qualquer mercadoria, e qualquer grão para venderem, nada compraríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e no sétimo ano deixaríamos descansar a terra, e perdoaríamos toda e qualquer cobrança.
32  Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da casa do nosso Deus;
33  Para os pães da proposição, para a contínua oferta de alimentos, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas solenes, para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus.


Interação.

Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los. Israel descobriu, após muito sofrimento, que se tivesse guardado a lei, o povo não terminaria no cativeiro, as cidades não teriam sido devastadas e os muro não necessitariam de reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagrada  Escrituras, naturalmente passamos a ter comunhão com o Senhor e a sua boa mão permanece sobre nós.

Objetivo: Mostrar aos alunos que o compromisso com a Bíblia é requisito fundamental para a igreja de Cristo seguir em obediência.
INTRODUÇÃO
O avivamento, conforme temos estudado nestas últimas lições, traz implicações duradouras. Na aula de hoje, atentaremos para os resultados de um compromisso com a Palavra de Deus. A princípio, destacaremos a necessidade de um compromisso incondicional com a Palavra de Deus. Em seguida, apontaremos a consolidação da obra de Deus através da Sua Palavra. Por fim, ressaltaremos algumas verdades bíblicas que devam ser consideradas.
1. COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS
Ainda que tenhamos estudado a respeito em lições anteriores, mesmo assim vale a pena repetir: não existe avivamento autêntico sem a intervenção direta da Palavra de Deus por meio da qual o Espírito Santo atua (II Tm. 3.16,17). Nos tempos de Esdras e Neemias tudo começou quando o povo de Israel se reuniu para buscar a Palavra de Deus (Ne. 8.1), não há possibilidade de reforma genuína sem a ministração bíblica (Ne. 8.13,18). Ela é o fundamento e os limites da reforma. Não podemos pôr outra base além daquela que recebemos de Deus (Ne. 10.29). Existem muitos movimentos evangélicos nos dias atuais que querem impor seus modismos, baseados em modelos de administração mundana, mas não podemos esquecer que os parâmetros a serem seguidos foram estabelecidos pelo Senhor em Sua Palavra. Depois que a Palavra é exposta, aqueles que a ouvem devem sair da zona de conforto, buscar a obediência ao Senhor, demonstrar compromisso diante da Palavra (Ne. 9.38). A liderança exerce papel primordial nesse aspecto, pois o exemplo deve partir daqueles que estão à frente do trabalho (Ne. 9.38; 10.1-27). Neemias foi um dos primeiros a assinar o documento (Ne. 10.1), dando o exemplo a ser observados pelos demais, os sacerdotes (Ne. 10.2-8), os levitas (10.9-13), chefes de famílias (Ne. 10.14-27), e o povo em geral (Ne. 10.28). Nesses dias de crise, os líderes evangélicos precisam voltar ao compromisso com a Palavra de Deus. Ainda que implique em falta de popularidade, ou perseguições daqueles que desconhecem a Bíblia. Carecermos de uma liderança totalmente consagrada a Deus, que não faça concessão com o pecado (Ne. 10.28), que coloque a Palavra de Deus em primeiro plano (Ne. 10.29), que se oponha à mistura do evangelho com as práticas mundanas (Ne. 10.30).
2. A CONSOLIDAÇÃO DA OBRA PELA PALAVRA DE DEUS
A obra de Deus é consolidada através da Palavra de Deus, e essa privilegia pessoas, não estruturas. Existem obreiros que se preocupam demasiadamente com construções, transformam edificações de tijolos no alvo principal. Neemias sabia da necessidade da reparação dos muros, mas seu objetivo era o desenvolvimento das pessoas. A cidade fora reconstruída para as pessoas, não as pessoas por causa das cidades. Do mesmo modo, os templos existem para as pessoas, não as pessoas por causa dos templos. Depois da cidade erguida, os líderes decidiram nela habitar (Ne. 11.1,2), resolveram abrir mão da prosperidade financeira, e viverem uma vida mais simples, juntamente com o povo. Paulo nos lembra que a piedade com contentamento é grande fonte de lucro (I Tm. 6.6). Templos são erguidos todos os dias nas igrejas evangélicas no Brasil, mas eles precisam ser freqüentados. Eles não devem servir apenas de adorno para as cidades, é preciso que a Palavra seja ali exposta, e os crentes não podem abandonar a congregação como é costume de alguns (Hb. 10.25). Nesta era de internet e televisão, há aqueles que não mais querem ir às igrejas, são os chamados desigrejados. Ainda que seja uma expressão da moda, e muitos o estejam fazendo, não podemos esquecer que somos partes de um todo, membros do corpo de Cristo, portanto, precisamos uns dos outros (I Co. 12). Não existem igrejas perfeitas, todas elas têm seus entraves, é necessário agir com tolerância em relação aos outros. A normalidade na igreja é justamente a anormalidade, somos todos cristãos incompletos, em um processo de construção, caminhando para a glória de Deus. Do mesmo modo que fomos alcançados pela graça de Deus, devemos ser graciosos no tratamento com os irmãos da igreja (Ef. 2.8,9).
3. AS VERDADES DA PALAVRA DE DEUS
Consoante ao exposto, devemos atentar para a Palavra de Deus. Como ponto de partida, devemos renovar nosso pacto, e permanecermos em contato com o Senhor e com o povo a quem Ele denominou de igreja (Mt. 16.18). Para tanto, precisamos perseguir a vontade de Deus (Ne. 10.30), separemo-nos, portanto, do pecado (Ne. 10.28) e estejamos dispostos a viver para Deus. A observância do Dia do Senhor também deva ser levada em consideração (Ne. 10.31). Os cristãos não dependem da guarda de dias para serem salvos, nem mesmo do Sábado (Cl. 2.16,17), considerando que este foi feito por causa do homem e não o homem por causa dele (Mc. 2.27). Por outro lado, o mercantilismo e a ganância estão transformando as pessoas em máquinas. Em busca de lucro desenfreado, as pessoas trabalham dia e noite, não separam tempo necessário para ir à igreja e para se congregarem com os irmãos. A natureza, criação de Deus, também tem sido desrespeitada (Ne. 10.31). Alguns crentes se utilizam de passagens descontextualizadas das Escrituras para propagarem a destruição ao meio ambiente. Aguardamos a volta do Senhor a qualquer momento, e essa é a bendita esperança da igreja, mas não sabemos quando ela acontecerá (I Ts. 4.13-17). Por isso, sejamos mordomos da criação de Deus, estejamos envolvidos no processo de redenção da natureza, que geme (Rm. 8.22). Em meio a essa sociedade controlada pelo lucro e o dinheiro, não podemos nos deixar conduzir pela lógica de Mamon (Mt. 6.24). Aprendamos, pois a exercer a generosidade (II Co. 8.4; 9.13; I Tm. 6.18), as dívidas não podem continuar, para sempre, sendo um jugo sobre as pessoas (Ne. 10.31), ainda que o cristão deva ser prudente ao contrair dívidas, ser parcimonioso em suas compras (Rm. 13.8). Não esqueçamos de contribuir para o desenvolvimento da obra do Senhor, a casa de Deus precisa ser mantida (Ne. 10.32-39), para isso servem os dízimos e as ofertas (Ml. 3.10).
CONCLUSÃO
A crise evangélica se revela no descaso em relação à Palavra de Deus. Precisamos resgatar o compromisso com a Bíblia, necessitamos de uma liderança firme, que não faça concessões ao pecado e que não se distancie dos princípios da Sagrada Escritura. Os crentes também devam ser admoestados a abandonarem seus pecados, a viverem em santificação para Deus. A “graça barata”, para usar uma expressão de Bonhoeffer, está formando uma geração de “crentes baratos”, que não mais carregam a cruz do discipulado, e que não levam a sério a radicalidade do cristianismo (Mt. 16.24).

BIBLIOGRAFIA
BROWN, R. The message of Nehemiah. Downers Grove: IVP, 1998.
PACKER, J. I. Neemias: paixão pela fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
Auxilio bibliográfico.



Evangelista Cleonildo Silva.

Texto em azul extraído de: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Neemias. Integridade e coragem em tempos de crise.

Escola bíblica.
Neemias. Integridade e coragem em tempos de crise.



Lição 06.
Neemias lidera um avivamento genuíno

Texto áureo:
Neemias 8:23.E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.”

Verdade prática:
“Somente o genuíno ensino da palavra de Deus é capaz de produzir um verdadeiro avivamento.”

Leitura diária.

Segunda. Amós 8:11. Fome e sede da palavra.
Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.

Terça. Romanos 12:7. Ensino com dedicação.
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

Quarta. Lucas 11:28. São felizes os que ouvem a palavra.
Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.

Quinta. Jó 34:3. O ouvido prova as palavras.
Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida.

Sexta. Ezequiel 3:3. Doce como o mel é a palavra de Deus.
E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel.

Sábado. Neemias 8:9,10. Um dia consagrado ao Senhor.
E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.


Leitura bíblica em classe.

Neemias 8:1-10.

1 E CHEGADO o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
2 E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
4 E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6 E Esdras louvou ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! Levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao SENHOR, com os rostos em terra.
7 E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.
8 E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
9 E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
10  Disseram-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.

Interação.

Estudaremos hoje o avivamento ocorrido em Israel sob a liderança de Neemias. O que ali se deu, só foi possível através da leitura da leitura e da compreensão que os filhos de Deus obtiveram da lei. Devemos compreender que um genuíno avivamento só pode ser deflagrado, com o estudo e prática da palavra do Senhor Deus. “Avivamento” sem doutrina bíblica é apenas movimento passageiro que não dá frutos.

INTRODUÇÃO
O templo havia sido reconstruído, os muros reerguidos, mas faltava o principal, um genuíno avivamento. Na aula de hoje estudaremos a respeito do avivamento verdadeiro que aconteceu nos tempos de Esdras e Neemias. A princípio definiremos avivamento no contexto geral da Bíblia, a Palavra de Deus. Em seguida, comentaremos o texto de Neemias 8, no qual está registrado esse grandioso avivamento. Ao final, convocaremos a igreja do Senhor para experimentar um avivamento genuíno, respaldado e conduzido pela Palavra de Deus.
1. AVIVAMENTO, DEFINIÇÕES BÍBLICO-TEOLÓGICAS
Nos dicionários de Língua Portuguesa, o termo avivamento vem do verbo “avivar”, que significa: “tornar mais vivo, estimular, tornar mais nítido, ativo e intenso” (Aurélio). O avivamento deva ser uma condição perene na igreja cristã, talvez, por isso, não exista essa palavra nem no Antigo quanto no Novo Testamento, apenas termos correlacionados. Encontramos na Bíblia apenas o verbo “avivar”, usado com muita freqüência. Em I Rs. 17.22 a palavra hebraica é shub, que se refere ao ato de fazer voltar à vida algo que se encontrava morto ou simplesmente, renovar ou restaurar. Na célebre oração de pedido de avivamento de Hc. 3.2, a palavra hebraica é chaiah, cujo significado é viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para sempre, reviver, estar vivo, ter a vida ou a saúde recuperada. Existem dois outros textos clássicos em hebraico que se referem a esse ato, ambos com a palavra chaiah, são Sl. 85.6 (avivamento corporativo) e Is. 57.15 (avivamento pessoal). As características de um avivamento genuinamente bíblico são as seguintes: 1) percepção da presença de Deus – isso é claramente revelado em At. 2 e em Hc. 3.2 onde o profeta reconhece “Deus veio”, é uma experiência marcante; 2) disposição incomum para ouvir a Deus – devemos lembrar que o avivamento é uma resposta de fé, e essa, vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17); 3) convicção profunda do próprio pecado – vejamos o que aconteceu com o profeta Isaias, diante da manifestação do poder de Deus (Is. 6.3-5); e 4) quebrantamento que leva à obediência em alegria (Nm. 8.17,18).
2. NEEMIAS E AS MARCAS DO VERDADEIRO AVIVAMENTO
Sem a consideração à Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, não há genuíno avivamento. Ao longo da história da igreja, especialmente no período da Reforma Protestante, o avivamento ocorreu em decorrência da atenção devotada às Escrituras. Nos tempos de Neemias, a Torá havia sido abandonado, o povo se distanciou da revelação do Senhor. Nos dias atuais enfrentamos os mesmos desafios, face ao liberalismo teológico, que nega a revelação sobrenatural de Deus, e das tradições humanas, que se colocam acima da Palavra, é preciso retorna à Palavra. Em Neemias, capítulo 8, compreendemos a natureza de um avivamento genuíno, que se sustenta pela exposição da Bíblia. Deus moveu o povo para reunir-se e ouvir a Palavra (Ne. 8.1), todos: homens, mulheres e crianças, buscaram as Escrituras (Ne. 8.2), com o propósito exclusivo de crescerem por meio da exposição bíblica. Esdras, o expositor, demonstrou-se completamente comprometido com as Escrituras (Ne. 8.4,5; Ed. 7.10). O povo, ao contrário do acontece em muitos arraiais evangélicos atualmente, estava de ouvidos atentos, mente aguçada, reverente, e em adoração diante da Palavra (Ne. 8.3-8). O tipo de pregação priorizado por Esdras foi a expositiva, também seguida pelos Reformadores. Primeiramente o texto foi lido (Ne. 8.3-5), em seguida ele foi explicado (Ne. 8.7,8), e depois aplicado (Ne. 8.9-12). Essa é uma grande lição para os pregadores modernos, que utilizam o texto bíblico ao seu bel prazer, não para dizerem o que o texto diz, mas para usarem o texto para dizerem o que querem. A pregação expositiva da Palavra de Deus atinge a mente (Ne. 8.8), a emoção (Ne. 8.9-12) e demanda decisão, vontade de obedecer (Ne. 8.11,12). O avivamento genuíno começa pela liderança, é ela que precisa tomar a iniciativa de buscar a Palavra de Deus (Ne. 8.13-15), os liderados, a partir da motivação da liderança, é orientada a se voltar para a Bíblia (Ne. 8.16-18).
3. A IGREJA DEVE BUSCAR UM GENUÍNO AVIVAMENTO
A igreja evangélica brasileira tem crescido bastante nessas últimas décadas, mas esse avanço não representa um genuíno avivamento. Isso porque ao invés de buscar a Palavra de Deus, muitos evangélicos estão fundamentados no emocionalismo, em interesses pessoais, não há compromisso com as Escrituras. A pregação está desaparecendo dos púlpitos, os shows estão predominando durante as horas separadas para a união entre os crentes. Os evangélicos, moldados em uma cultura da superficialidade, não conseguem permanecer atentos por meia hora para ouvir a exposição da Palavra de Deus. Para não perderem os seus fiéis, a liderança tem feito uma série de concessões. Os cultos mais parecem espetáculos de circo, cheio de iluminações e malabarismos. Essa espetacularização do culto reflete uma ausência de espiritualidade genuína. Os pregadores, a fim de agradarem a platéia, dizem tão somente o que as pessoas querem ouvir. Aqueles que têm compromisso com a Palavra de Deus são descartados em favor dos marqueteiros da fé, que usam e abusam da mídia para se projetarem. Esses não têm conhecimento bíblico-teológico, ouvi-los, na maioria das vezes, é um exercício de paciência. Precisamos aprender a valorizar as coisas simples, o ensinamento da Palavra de Deus, com o foco na mensagem, não no currículo dos mensageiros. Teremos um avivamento genuíno no Brasil quando a igreja evangélica ouvir a voz de Deus e decidir obedecer a Sua palavra. Precisamos voltar a chorar pelos nossos pecados, sentir a miséria daqueles padecem necessidade, valorizar as pessoas pelo que são, não pelo que têm, imitar o exemplo daqueles que servem ao Senhor com sinceridade.
CONCLUSÃO
O texto de Neemias 8 nos direciona para buscar um avivamento genuíno: 1) Esdras reuniu a todos, não apenas alguns, contanto que fossem capaz de entender aquilo que haveria de ser exposto (v. 2), mas antes, ele direcionou o povo à oração, quando todo povo disse “amém” (v. 6). Ele leu com distinção, isto é, de modo que todos pudessem ouvir com nitidez. Em seguida, após essa leitura com clareza, ela expunha o sentido para que as pessoas compreendessem (v. 8); 2) como resultado da leitura e exposição da Palavra, o povo entristeceu-se e sentiu vergonha dos seus pecados diante de Deus, o clamor foi tal que Esdras e Neemias precisaram instruir o povo a que se regozijassem perante o Senhor; e 3) O povo, então, tomou a decisão de obedecer a Palavra de Deus (v. 17), e, após ouvir os ensinamentos do Senhor, “houve muita alegria” (v. 18). Esse é o percurso bíblico do verdadeiro avivamento, parte da leitura e exposição da Bíblia, sob a oração, debaixo da unção do Espírito Santo. Que Deus avive sua obra nos meio do Seu povo!
Auxilio bibliográfico.

“(...) todo o povo (retornou de suas cidades) se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés” (Neemias 7:73b; 8:1).
O que foi isso? Foi certamente uma ocasião planejada, porque uma plataforma de madeira fora construída para a leitura feita por Esdras (8:4,5), e é natural supormos que o planejador foi Neemias. É fácil imaginá-lo anunciando a reunião, enquanto despedia-se de cada destacamento de sua força tarefa: “Lembrem-se: estejam de volta no primeiro dia do mês, quando, juntos, aprenderemos a lei do nosso Deus”. A necessidade de que todos conhecessem a revelação de Deus acerca da sua vontade e de seus caminhos, na Torá (os cinco livros de Moisés), era clara e óbvia: a lei achava-se escrita em Hebraico, enquanto todo o povo falava Aramaico; e como, ao menos desde o exílio, não se fizera nenhuma tentativa de âmbito nacional de se ensinar a lei, o povo comum era profundamente ignorante de seu conteúdo. E a ignorância torna impossível servir e agradar a Deus. Um programa nacional de instrução da lei divina fazia-se urgentemente necessário.
Vale a pena observar, (...) que uma reprodução do que Neemias fez em Jerusalém, na metade do quinto século a.C., é extremamente necessário no ocidente moderno. Os pais já não ensinam a Bíblia aos filhos em casa; os pregadores, na igreja, são geralmente temático e superficiais, em vez de expositivo e teológicos; o ensino da escola dominical é muitas vezes rudimentar no que diz respeito à bíblia; o sistema educacional público e a mídia tanto popular quanto acadêmica, tratam o cristianismo como uma letra morta, sobrevivente apenas como um hobby para pessoas de um estilo singular. Assim, não há em nossa cultura o menor encorajamento para se tornar biblicamente literato, e o resultado é uma geração assustadora e pateticamente ignorante da palavra de Deus. Não se pode esperar nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão. (PACKER, J.I. Neemias – Paixão Pela fidelidade. Sabedoria extraída do livro de Neemias. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2010, pp. 166-67).


Evangelista Cleonildo Silva.

Texto em azul extraído de: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A conspiração dos inimigos contra Neemias

Escola bíblica.
Neemias. Integridade e coragem em tempos de crise.

Lição 05.
A conspiração dos inimigos contra Neemias

Texto áureo:
Ne 6:3. “Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco.”

Verdade prática:
“O discernimento espiritual é indispensável na condução e execução da obra de Deus, pois as adversidades são muitas e sutis.”

Leitura diária.

Segunda. Mateus 26:41. Vigiando e orando.
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Terça. II Crônicas 15:7. O trabalho para Deus tem uma recompensa.
Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa.”

Quarta. I João 4:1. Cuidado com os falsos profetas.
AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”

Quinta. Salmos 101:7. Enganador não fica na casa de Deus.
O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos.”

Sexta. Efésios 4:14. Levados pelo engano dos trapaceiros.
“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.”

Sábado. Hebreus 3:13. O engano do pecado.
Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;”

Leitura bíblica em classe.

Neemias 6:1-9.

Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais,
Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?
E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes; e da mesma forma lhes respondi.
Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu servo com uma carta aberta na sua mão;
E na qual estava escrito: Entre os gentios se ouviu, e Gesem diz: Tu e os judeus intentais rebelar-vos, então edificas o muro; e tu te farás rei deles segundo estas palavras;
E que puseste profetas, para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente.
Porém eu mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas.
Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos.

Interação.

Neemias, além de trabalhar arduamente na reconstrução dos muros e portas, teve de enfrentar inimigos internos e externos. Homens que se infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era impedir a reforma da cidade. Porém, Neemias não se deixou intimidar pelos adversários. Sempre que desejamos empreender algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam, mas quando confiamos inteiramente no todo-poderoso, recebemos força e coragem para lutar. Talvez você esteja enfrentando algumas lutas, porém, não desanime. Não olhe para os inimigos e não dê ouvidos as criticas, antes, continue a olhar firmemente para Jesus e seja um vencedor.

Medite:
I Timóteo 2:1,2. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;
Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;”

INTRODUÇÃO

Os inimigos da obra de Deus tudo farão para impedir a expansão do Seu reino. Na aula de hoje atentaremos para a conspiração dos inimigos contra Neemias. A princípio destacaremos as estratégias do inimigo a fim de atrasar o avanço da obra. Em seguida, analisaremos a trama dos inimigos para atingir Neemias, já que esse estava em posição de liderança na condução dos trabalhos. Por fim, apontaremos as convicções do servo do Senhor que fizeram diferença diante das ameaças dos inimigos.

1. AS ESTRATÉGIAS DOS INIMIGOS
Os inimigos não dão trégua e tentam de várias maneiras atrapalharem o desenvolvimento da obra de Deus. Neemias passou por várias afrontas dos seus opositores: desagrado (Ne. 2.10), zombaria (Ne. 2.19), escárnio (Ne. 4.1), humilhação (Ne. 4.2), chacota (Ne. 4.3), confusão (Ne. 4.8), violência (Ne. 4.11) e boatos (Ne. 4.12). Eles recorreram a diversas estratégias no intuito de dificultar o progresso da obra, dentre elas destacamos: 1) a distração – como as portas ainda não havia sido postas no devido lugar, os adversários tentaram retirar os obreiros do foco sobre a tarefa a ser desenvolvida (Ne. 6.1); 2) a negociação – quando os opositores não conseguem êxito em sua empreitada contra os servos de Deus, eles buscam barganhar, com vistas a tirarem alguma vantagem (Ne. 6.2); 3) a maldade – os adversários queriam conduzir Neemias para um local distante, fora da zona de segurança, com essa proposta pretendiam mata-lo (Ne. 6.2); 4) o cansaço – os inimigos não desistem, a insistência visa levar os servos de Deus ao cansaço (Ne. 6.4); 5) a boataria – os opositores da obra de Deus recorrem a essa estratégias; por meio do falso testemunho querem denegrir a imagem da liderança (Ne. 6.4-7); 6) a chantagem – através de tais recursos os adversários pretendem demonstrar aos servos de Deus que não há saída, que eles estão encurralados (Ne. 6.7); e 7) o medo – os adversários sabem que o temor pode fazer com que as pessoas fiquem paralisadas, por isso, tentam amedrontar os servos de Deus (Ne. 6.9). Essas estratégias utilizadas pelos inimigos da obra de Deus nos tempos de Neemias ainda se repetem nos dias atuais. Através dos recursos da mídia, ou de aparatos jurídicos, os opositores do Reino de Cristo tentam intimidar os que servem ao Senhor.

2. AS CONSPIRAÇÕES DOS INIMIGOS
Os inimigos da obra de Deus conspiraram contra Neemias, eles arquitetaram um plano para aniquilá-lo. O desejo deles era o de sequestrar o servo do Senhor, por isso queriam conduzi-lo para uma das aldeias da planície de Ono. Tratava-se de um lugar que ficava entre Samaria e Jerusalém, a meta dos adversários era destruir aquele que era o principal representante na reconstrução da obra de Deus. Lutero, o reformador protestante, também passou por situações semelhantes diante do poder religioso. Os líderes da igreja oficial, aliados às forças políticas da sua época tentaram sequestra-lo a fim de que a reforma fosse abortada. As autoridades contrárias ao controle papal foram usadas por Deus para proteger o reformador. Por isso, antes de uma emboscada com o intuito de mata-lo, preservaram a sua vida, e levaram-no a um lugar seguro, onde conclui a tradução da Bíblia para o alemão. Neemias revelou ser um homem resoluto, ele sabia que estava investido de uma grande responsabilidade, por isso não se deixou levar pelas distrações dos inimigos (Ne. 6.3). Ele estava convicto do seu chamado para aquele ministério, por esse motivo, mesmo com a insistência dos opositores, Neemias se mostrou inflexível. Nem mesmo as falsas acusações do inimigo foram capazes de tirar o servo do Senhor do seu alvo. Em resposta a intimidação dos adversários, Neemias se mostrou confiante em Deus. Ele sabia que o Senhor é soberano (Ne. 1.5; 2.4,20), sábio (Ne. 2.12), poderoso (Ne. 4.14,20), misericordioso (Ne. 9.17), compassivo (Ne. 9.19) generoso (Ne. 9.19) e paciente (Ne. 4.14,20). Quando conhecemos nosso Deus não temos motivos para temer. A confiança no Senhor é fortalecida através da oração, por essa razão, Neemias está sempre se dirigindo ao Deus de Israel (Ne. 6.14). A ausência de oração na vida do líder, e de todo cristão, faz com que ele veja os inimigos e os problemas maiores do que eles realmente são.

3. CONVICÇÃO DIANTE DOS INIMIGOS
O êxito de Neemias durante o período de reconstrução dos muros de Jerusalém, mesmo diante das conspirações dos inimigos, é resultado das suas convicções. Paulo, ao escrever ao jovem Timóteo, revelou-lhe que sabia em quem havia crido (II Tm. 1.12). Os discípulos não se intimidaram com as afrontas das autoridades religiosas. Eles sabiam que Jesus havia ressuscitado dos mortos, por isso testemunhavam do evangelho com ousadia (At. 4.29-37). Sem convicções firmes na Palavra de Deus, o líder cristão acaba se tornando presa fácil dos inimigos. Neemias era um homem de fé, por isso ele priorizou a revitalização do culto ao Senhor (Ne. 7.1). Em alguns contextos evangélicos, a Palavra de Deus está sendo relegada a segundo plano. Há líderes cujos interesses não se coadunam com os princípios escriturísticos, estão preocupados apenas com a obtenção de poder e riqueza, ainda que, para tanto, subvertam a doutrina bíblica. Um líder convicto da sua fé em Deus não faz aliança com indivíduos que comprometam sua idoneidade cristã. Neemias procurou se aproximar de pessoas que o ajudassem e que fortalecessem o projeto de Deus (Ne. 7.2). Mesmo confiando no Deus de Israel, Neemias não fez pouco caso dos perigos que precisava enfrentar (Ne. 7.3), por esse motivo ele planejou a execução de tarefas que protegessem o povo de Deus (Ne. 7.4). É admirável, e serve de inspiração para todo cristão, a capacidade de Neemias de sacramentar cada uma das suas atitudes. Qualquer responsabilidade desempenhada na reconstrução dos muros era motivo de oração, em tudo se buscava a direção divina (Ne. 7.5). Os princípios bíblicos não podiam ser descartados, o planejamento não teria efeito se não fosse executado de acordo com os parâmetros estabelecidos por Deus em Sua palavra (Ne. 7.61-65). A ganância e o materialismo, que se constituem um problema para os cristão deste tempo, foram atacados por Neemias, ao invés de incentivar a prosperidade individual ele estimulou o povo a exercitar a generosidade (Ne. 7.66-73).

CONCLUSÃO
A conspiração dos inimigos contra a obra de Deus é constante, esse é o motivo do povo de Deus permanecer atento, exercitando o discernimento espiritual (Ne. 6.2), a fim de identificar a relevância do serviço que estamos desempenhado, não especificamente para homens, mas para Deus (Ne. 6.3). Diante das ameaça, é preciso ter cautela, não se adiantar e demonstrar prudência espiritual, não falar mais do que necessário e permanecer firme nos propósitos estabelecidos pelo Senhor (Ne. 6.4). Se assim agirmos, demonstraremos integridade espiritual diante das afrontas do Inimigo, a convicção no que cremos, com base na Palavra de Deus, e a prática da oração serão fundamentais para resistir as tramas dos adversários (Ne. 6.6-8).

Auxilio bibliográfico.

Sambalate - Um homem que tinha uma grande importância política em Samaria na época da bem sucedida tentativa de Neemias de reconstruir os muros de Jerusalém (Neemias 2:10,19). A bíblia  Sagrada refere-se a ele  como um home horonita, o que, provavelmente, signifique simplesmente que El residiu e Bete-Herom, em Samaria, e não na cidade de mesmo nome em Moabe. Ele e Tobias tentaram convencer o rei persa de que o povo de Jerusalém estava planejando uma revolta contra ele (Neemias 2:19); mas, quando o plano não deu certo, eles tentaram zombar dos esforços de Neemias. Dizendo até que uma raposa poderia colocar aqueles muros abaixo (Neemias 4:3). A filha de Sambalate com o neto de um sumo sacerdote (Neemias 13:28)”.
Tobias – Governador judeu-amonita que uniu suas forças com Sambalate na tentativa de evitar que Neemias e os israelitas reconstruíssem os muros (Neemias 2:10). Quando Neemias se ausentou de Jerusalém, Tobias foi agraciado com um quarto na área do templo, usado anteriormente como depósito, pois tinha um parente entre os sacerdotes (6:17). Evidentemente, gozava de boas relações de amixade com os sacerdotes e os nobres de Jerusalém. Ao retornar, Neemias lançou fora os pertences de Tobias, mandou limpar e purificar o quarto e novamente voltou a usá-lo como depósito de vasos, incenso e das ofertas de manjares (13:6-9).”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, PP 1751,1950).

Evangelista Cleonildo Silva.

Texto em azul extraído de: http://www.subsidioebd.blogspot.com/ Para maiores esclarecimentos fora o texto em azul, todos os textos são extraídos da lição 5 da revista EBD 4º trimestre.

domingo, 23 de outubro de 2011